A
advogada Ana Paula da Silva Nelson será transferida da barbearia do Batalhão de
Choque da Polícia Militar do Rio Grande do Norte para a Companhia Feminina da
corporação.
Ela
está presa desde o dia 6 passado, quando o Ministério Público deflagrou a
Operação Medellín. A advogada, segundo o MP, é suspeita de atuar com o
traficante de drogas Gilson Miranda Silva, que está foragido. De acordo com o
MP, a advogada usava de "influência indevida em benefício" do
traficante.
A
decisão pela transferência foi tomada pela Câmara Criminal do TJRN, em sessão
realizada nesta terça-feira (27). A Câmara voltou a julgar mais um habeas
corpus pedido pela OAB/RN. Ana Paula nega as acusações do MP.
O
presidente da OAB, Paulo Coutinho, alegou que a prisão em 'sala de estado
maior', conforme determina a Lei, não estaria sendo cumprida quando da prisão
da advogada, já que ela estava em um recinto masculino e sem condições de
salubridade. “A falta de estrutura do Estado não pode justificar a manutenção
dela naquele ambiente e em descumprimento ao que manda a legislação”, enfatizou
Coutinho, que pedia a prisão domiciliar da integrante da entidade.